Afinal, para que servem os mestres?

Aqueles que vocês denominam mestres nada mais são do que seres iluminados que, após suas diversas vivências em corpos biológicos, puderam se livrar deles, cascas que os aprisionava na matéria densa e retornaram aos seus reinos originais da luz. Contudo, mestre em seu conceito mais amplo, significa aquele que permite aos que o escutam o crescimento, a expansão, estimulando-os a desenvolverem seus pensamentos em torno de algo produtivo, tornando-os seres co-criadores, co-participantes do universo que os cerca, não importando quais sejam as suas áreas de atuação. O verdadeiro mestre conduz seu aprendiz para que se torne conhecedor de toda a sabedoria que ele próprio possui, vindo muitas vezes a ser ele, o aprendiz, mestre de seu mestre. Logo, deve-se evitar confundir um verdadeiro mestre com aquele professor castrador que mantém o aprendiz como seu verdadeiro prisioneiro considerando o saber propriedade exclusiva sua e que, na medida em que o aprendiz nunca alcança a libertação, depende dele para tudo. Ele, o tal mestre, sente-se então detentor de um poder absoluto. Ninguém, jamais poderá se igualar a ele. Fica claro que esse conceito está equivocado! Ao transformar seu aprendiz em escravo, iludido, incapaz e dependente de quem considera ser seu guru, aquele que se intitula mestre mostra-se como verdadeiro déspota alimentando a idéia de veneração em torno de si mesmo, pois todos desejam agradá-lo a fim de se favorecerem com suas benesses enquanto ele se enche da mais absoluta vaidade. Ao verdadeiro mestre – aquele que permite o crescimento do aprendiz – torna-se desnecessário oferendas, cultos, altares, pois a essência de sua maestria está em ter o aprendiz como um companheiro de jornada, um ser de luz, divino, que se conecta com a fonte criadora sendo ele tão mestre quanto o mais alto doutor universal. Entendam de modo definitivo, que a freqüência da luz pode ser acessada a qualquer momento, em qualquer lugar e em qualquer situação. Criem altares para si mesmos. Adorem a si mesmos. Percebam a divindade que são vocês. Enfeitem com flores de virtudes o templo que são vocês mesmos. Cuidem de seus pensamentos, de suas palavras, de suas atitudes. Creiam em si e assumam o papel de aprendiz/mestre, co-criadores e co-participantes da criação. (Trecho da literatura Pétalas de Luz-2010)